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quarta-feira, 27 de março de 2013

Mosquito-rajado (Aedes Aegypti)

A CLASSE DOS INSETOS

ORDEM DIPTERA
FAMÍLIA CULICIDAE
GÊNERO AEDES

Pernilongo-rajado (Aedes Aegypti) - Linnaeus, 1762.

              Aedes (Stegomyia) aegypti (aēdēs do grego "odioso" e ægypti do latim "do Egito") é a nomenclatura taxonômica para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado. É uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer. O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio. As fêmeas, para realizar hematofagia, podem percorrer até 2.500 metros. É considerado vector de doenças graves como o dengue e a febre amarela e, por isso mesmo, o controle das suas populações é considerado assunto de saúde pública.

Etimologia
              Aedes vem do grego aēdēs, que significa "odioso". Aegypti vem do latim ægypti, que significa "do Egito". O nome científico Aedes aegypti, portanto, é uma referência a seu papel como transmissor de doenças perigosas para o homem (febre amarela e dengue) e uma referência à sua origem africana. "Mosquito" vem do latim musca. "Pernilongo" é uma referência a suas longas patas. "Rajado" é uma referência a suas típicas listras brancas e pretas.

Descrição
              O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular. O Aedes aegypti tem como vítima preferencial o homem e faz praticamente nenhum som audível antes de picar. Mede menos de 1 centímetro; é preto com manchas brancas no corpo e nas pernas.

Reprodução
              O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Como em quase todos os outros mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas de substâncias vegetais e açucaradas.

              Por se adaptar bem a vários recipientes, a expansão deste mosquito a partir do seu habitat original foi rápida. O Aedes aegypti foi introduzido na América do Sul através de barcos provenientes de África. Nas Américas, se admite que sua primeira colonização sobre o Novo Mundo ocorreu através dos navios negreiros no período colonial junto com os escravos. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas". No Brasil, o Aedes aegypti havia sido erradicado na década de 1950; entretanto, nas décadas de 1960 e 1970, ele voltou a colonizar esse país, vindo dos países vizinhos que não haviam conseguido promover a sua total erradicação.

              O Aedes aegypti está presente nas regiões tropicais de África e da América do Sul, chegando à Ilha da Madeira, em Portugal e ao estado da Flórida, nos Estados Unidos. Nessa zona, o Aedes aegypti tem vindo a declinar, graças à competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes albopictus. Este fato, porém, não trouxe boas notícias, uma vez que o Aedes albopictus é também um vetor da dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina. Mas, no Brasil, o único que transmite a Dengue é o Aedes aegypti. E a competição entre as duas espécies ocorre devido ao fato de a fêmea do Aedes aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie, quanto com o macho do Aedes albopictus que é mais agressivo e, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo assim a população de Aedes aegypti.

              Repelentes baseados no composto DEET (N,N-dietilmetatoluamida) são recomendados contra o Aedes aegypti.

A Dengue
              Sobre essa doença transmitida por esta espécie de mosquito, acesse aqui: Dengue

Fotos: 05.





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